A praça foi batizada como Praça da República em 1889, quando o exército, comandado por Marechal Deodoro, expulsou a Família Real do Brasil. Antes disso, o local teve diversos nomes como Largo dos Curros (na época em que havia ali corridas de cavalos), Praça dos Milicianos (quando era o lugar para exercícios militares) e Largo 7 de Abril (quando passou a ser utilizado para treinamento de cocheiros e animais de tração).
De 1940 a 1949, abrigou no 3o andar os primeiros cursos de Filosofia da USP, que foram transferidos para a Rua Maria Antonia. Atualmente é sede da Secretaria de Estado dos Negócios da Educação.A região não era muito povoada. Sua ocupação foi facilitada com a construção do Viaduto do Chá, inaugurado em 1892. Dois anos mais tarde foi fundada a Escola Normal Caetano de Campos, projetado pelo Engenheiro Paula Souza e detalhado e desenvolvido por Ramos de Azevedo. A escola adotou uma linha educacional vanguardista, baseada nos novos preceitos adotados pelo governo republicano.
Curiosidades
Em 1896, foi inaugurado o Jardim de Infância, anexo à Escola Normal Caetano de Campos. Foi demolido em 1939 para as obras de prolongamento da Avenida São Luís.
Por volta de 1905, a praça era ponto de encontro dos estudantes da Faculdade de Direito da USP, que cantavam e recitavam diante do busto de Álvares de Azevedo.
A Praça da República foi palco de importantes manifestações. Em 23 de maio de 1932, uma multidão avançou contra a sede da Legião Revolucionária (esquina da praça com a Rua Barão de Itapetininga) e foi recebida a balas. O acontecimento ficou famoso também pela morte de quatro estudantes – Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo (MMDC). No ano de 1964, o ponto de partida para a Marcha da Família, que dirigiu-se para a Praça da Sé. Quatro anos mais tarde transformou-se em um dos principais locais de São Paulo das manifestações estudantis contra o regime militar. Em 1984 foi o movimento pelas eleições diretas (Diretas Já!) que agitaram a praça. Os arredores foram demolidos e árvores foram transplantadas. O prédio da Escola Normal Caetano de Campos também seria demolido não fosse o interesse de um único arquiteto em manter o prédio. Ele moveu uma ação contra a demolição e ganhou.